Assim me despeço de 2008!








Senhor,
do tempo e da história.
Começo a sentir que o tempo corre veloz.
Os dias sucedem-se ininterruptamente.
A vida, cada vez é mais agitada.
Não há tempo para nada, todos o dizem!
é necessário aproveitar o tempo,
Momento a momento…
Viver bem: saber parar,
para depois poder avançar...
Sempre: ontem, hoje, amanhã…
instante, após instante…
É uma nova oportunidade,
um Novo Ano a começar!
Nesta sucessão do tempo, sem parar!
O tempo...
Vivemos no tempo, fruto maduro!
A caminho do intemporal...
Hoje, e neste momento,
Recolhida no meu pensamento,
Elevo a Ti a minha prece
de gratidão e de súplica,
pelos dons recebidos, mil graças, Senhor!
Nesta passagem para o Novo Ano
quero renovar os meus propósitos
de levar a sério esta vida nova:
mais autêntica, acolhedora e atenta.
mais coerente e mais comprometida
com o Teu projecto de amor!
Senhor, que em cada dia,
deste tempo novo que corre veloz…
Continua a firmar os meus passos
no caminho do bem e da alegria.
Derrama sobre todos nós, teus filhos:
os dons do Teu Espírito Santo…
para que continuemos a ser agentes,
teus colaboradores e co-responsáveis,
deste mundo novo a construir.
Onde a paz, a justiça, a fraternidade,
se tornem uma realidade…
onde seja possível dar as mãos,
e todos nos sintamos irmãos!
no Teu Filho Jesus Cristo.

Sagrada Família, Domingo


















Sagrada Família de Nazaré,
modelo de vida,
para toda a família humana!

Hoje rezo por todas as famílias que sofrem
por causa das grandes dificuldades
que passa, assim como toda a sociedade...

Que a família de Jesus,
modelo para todas as famílias cristãs,
modelo de amor conjugal,
de colaboração, de sacrifício,
de confiança e entrega ao Amor!
Modelo de todos aqueles valores
que a família preserva, guarda e promove,
contribuindo assim para a formação da
sociedade humana e cristã.

"
A família é certamente uma graça de Deus,
que deixa transparecer aquilo que Ele próprio é: Amor.
Um amor plenamente gratuito,
que sustenta a fidelidade sem limites,
até mesmo nos momentos de dificuldade e de abatimento.
Estas qualidades encontram-se de maneira eminente
na Sagrada Família, na qual Jesus veio ao mundo e
cresceu cheio de sabedoria, com os cuidados cheios
de desvelo de Maria e a custódia fiel de São José".
(Foi o que afirmou o Santo Padre, na jornada da família,
organizada em Madrid pela Igreja espanhola).

NATAL

Hoje é Natal!













É a festa do Deus-connosco

Na pequenez de uma criança!

A alegria do anúncio:

Tens um Deus que te ama: Jesus, assim se chama

Aleluia! Há lindos hinos no ar...

Luz, que a todos vem iluminar!...

FELIZ NATAL



NATAL !...



Em tempo de Natal
Tudo é Alegria e Paz.
Jesus é O Amigo
Que a Felicidade traz !

Em pobreza e humildade
Assim nasceu Jesus
Ele é a Felicidade,
O Amor, a Luz !

Natal é doação,
Partilha, amizade,
Sorriso de Deus...
Para toda a humanidade !

Natal, hoje
Desafio de Verdade,
Justiça, Amor,
Rasgo de Liberdade !

Quatro grandes pilares
Que devemos não esquecer
É a voz da Igreja, quem nos recorda,
Para que a Paz possa acontecer !

Ilumina, Senhor Jesus !
Os homens de boa vontade,
Dá-nos coragem e Luz
Serviço na Caridade !

Ilumina, Senhor Jesus !
Os corações atribulados,
Os sem casa, sem pão...
Os que vivem amargurados !

Que neste tempo de Natal !
Todos se sintam amados...
E reconheçam em Ti, afinal,
A presença do Deus Humanado!

Hoje, Domingo

Estou particularmente feliz neste dia de hoje.
Desde a celebração da Eucaristia,
que nos convidava a
cantar a bondade do Senhor...
porque Ele nunca nos abandona,
se interessa por cada um de nós,
está sempre a surpreender-nos e não desiste
de nos conduzir à realização plena.
É um Deus que vem ao nosso encontro e nos oferece a felicidade!
De tal modo que no seu projecto de Amor para connosco,
encarna na nossa história...
É este mistério admirável que dentro de dias vamos celebrar
e que quero contigo partilhar... que nós cristãos, devemos anunciar!
Estive a ler também uma homilia do nosso Papa Bento XVI,
a propósito e que ouso transcrever um pequeno extracto.
Diz-nos ele:
«O Verbo encarnado transforma a existência humana a partir
de dentro, comunicando-nos o seu ser Filho do Pai.
Ele fez-se como nós, para nos fazer como Ele:

filhos no Filho, portanto, homens livres da lei do pecado.
Não é este porventura um motivo
fundamental
para elevar a Deus a nossa acção de graças?
»

Andei todo o dia a cantar refrão do salmo,
por dentro e algumas vezes audível:

"Senhor, cantarei eternamente a vossa bondade,
a vossa bondade"

Neste Natal


Neste Natal...
Gostaria de poder estar à mesa contigo…
Fazer festa, ser amigo…
E de novo voltar a sonhar…

Neste Natal...
Gostaria de ser como a criança…
Reacender os olhos a esperança…
E com alegria correr, sorrir, brincar…

Neste Natal...
Gostaria de ir ao encontro de quem vive sozinho…
Dar-lhe todo o meu apoio e carinho…
Ser mais próximo dos necessitados…

Neste Natal...
Gostaria de abrir o meu coração…
Dar coragem e atenção…
Poder amar… partilhar…

Neste Natal...

Neste Natal...
Desejo para mim e para ti, em especial…
Que saibamos verdadeiramente ser sinal…
Do Menino que para o mundo vem morar…

Diante do Presépio!

Repara no presépio de outrora, como no de hoje.
Que vês? Como olhas e quantas vezes olhaste já
para aquele berço de palhas, com o Menino a dormir
na companhia das figuras amáveis de Maria e José?
Um pouco atrás, na penumbra, o burrinho e a vaquinha,
é o tradicional. À frente da gruta, talvez um pastor
com duas ou três ovelhitas; e, lá mais ao longe,

a caminho, os três Magos, de vestes garridas,
vindos do Oriente!...

Que vês mais, para além do tradicional?
Os teus olhos, como os meus, vêem muito mais:
a humildade, a pobreza e a frieza real,

o cheiro abafado e fétido do abrigo dos animais…
O povo fazendo a sua vida normal…
Caravanas, soldados, gente que passa e se cruza,
alheia ou indiferente ao acontecimento que marcou a história…

De noite, na escuridão e no silêncio, uma Mulher com o seu Marido,
caminham em direcção à cidade, levando uma Criança no regaço… Fogem!
Fogem, porque pressentem a confusão:
sentimentos de alegria e angústia misturam-se;
o clamor trágico dos Inocentes; a sabedoria dos anciãos…
indiferença, amor, curiosidade, superstição, gratidão, ódio...
hipocrisia, violência, maquinações,
como a de Herodes contra o Menino do Presépio…
Que mal recebido, foi Jesus?!

O ambiente que se vive não é pacífico:
medo, insegurança, confusão, lágrimas…
é assim que vejo o Natal de Jesus!
Como outrora, o cenário do mundo actual,
não é muito diferente!…
E no entanto, Ele aí está de novo!
Emanuel, Deus entre nós, sem se fazer notar.
Vem para nos salvar!
Vem para dar a Vida e vida em abundância…

Olhemos por uns momentos e de novo para o Presépio.
O que celebramos hoje no Natal?
- Um Deus que se abandona ao risco de ser homem…
e assume em Si tudo o que és!
E sempre que olhares para o Menino,
encontras a grandeza oculta na vulgaridade
das pequenas coisas, na vulgaridade dos teus dias…
mas vês n’Ele a tua dignidade humana e cristã…
o quanto Deus te ama!...
Porque um Menino nasceu para nós!

Em Belém, onde vives


Em Belém, onde vives,
Bem no íntimo do teu ser

Procura a ternura, o encanto,

Que hoje, em ti, quer nascer!

Renascem desejos de paz,
Emanuel, connosco vem morar
… e se faz um de nós!
Para o mundo, acreditar!

A gruta, é o teu coração…
De novo nasce Jesus,
Presente de Deus para homens
Caminho, Verdade e Luz!

Em Belém, onde vives,
Sê a Senhora Maternal!
Acolhe o anúncio do Anjo

Para de novo acontecer Natal!

O Menino de Belém, faz-se encontrar
Procura em nós guarida!
A família reunida, é sinal…

Da grande festa da Vida! …

Há troca de presentes…
Campanhas de solidariedade,
Lembram-se todos os ausentes

Vive-se o mistério, na intimidade!

Em Belém, onde vives,
Agora, ainda é igual…
Tudo nos lembra e ajuda…

E a todos se deseja: Bom Natal!

Querem roubar-Te o Natal, Senhor


Querem roubar-Te o Natal, Senhor.

Querem ficar com a festa,

mas não querem convidar o festejado.

Querem a árvore de Natal, mas esquecem a sua origem;

querem dar e receber presentes,

mas esquecem os que os Magos Te levaram a Belém;

querem cantos de Natal,

mas esquecem os que os Anjos Te cantaram naquela noite abençoada.

Até a São Nicolau o disfarçaram de "pai Natal".

Querem as luzes e o feriado, o peru e as rabanadas;

Querem a Ceia de Natal

mas já não vão à Missa do Galo,

nem Te adoram feito Menino nas palhinhas do Presépio.

Quando se lembram estas coisas e o facto que lhes deu origem

diz-se que "o Natal é todos os dias",

mas não se dispensa esta quadra de consumo e folguedos.

No meio de toda esta confusão deseja-se a paz e a fraternidade,

mas esquecem que só Tu lhes podes dar.

E a culpa de tudo isto ser assim... é também minha

que alinho nesta maneira pouco cristã de celebrar o teu nascimento.

Se desta vez eu der mais a quem tem menos

e comprar menos para quem já tem quase tudo...

se em vez de me cansar a correr de loja em loja

guardar esse tempo para parar diante de Ti...

Se neste Natal fores mesmo Tu a razão da minha festa...

as luzes e os cantos, o peru e as rabanadas, os presentes e a até o Pai Natal

me falarão de Ti e desse gesto infinito do Teu Amor

de teres vindo ao meu encontro nessa noite santa do teu Natal.

(Recebi por mail)

Rui Corrêa d'Oliveira - "Bom dia" - Canal Sim RR -08.12.2008

A autenticidade é decisiva


O título remete-nos para uma história. Não sei o autor.

Conta uma velha história que certo rei anunciou visita a uma cidade do seu reino, cujos súbditos quiseram oferecer-lhe do melhor vinho que tinham. E como não chegassem a acordo sobre qual seria o melhor, decidiram que cada um lançava um jarro do seu - do mais fino da sua adega - num tonel comum, donde o rei provaria a rica mistura. A história acaba tristemente, porque a cidade inteira se envergonhou: no solene momento da prova, em vez do saboroso vinho da região, caiu água na taça real! Cada um supusera que um pouco de água da fonte não se havia de notar na riqueza do tonel...

Tira as tuas conclusões e se quiseres partilha-as.

Olhemos para o Menino do Presépio!


Vivemos numa sociedade e num tempo em que o êxito, o anseio de sobressair, a busca de nos elevarmos acima dos outros, a vaidade das superioridades se sobrepõe a tudo o resto… o importante, é o prestígio e o centrar em si as atenções dos demais! Até nós, cristãos, estamos bem enganados, quando pensamos que para viver a perfeição cristã, precisamos de a manifestar de forma especial ou espectacular, que provoque admiração nos circundantes!

Olhemos para O Menino do Presépio!...

Deus, chama-nos, como chamou o Seu próprio Filho, durante trinta anos, a viver «nas condições ordinárias da vida familiar e social»; temo-l’O por companheiro. Isso leva-nos também a olhar o mundo em que vivemos, ainda que não concordemos com muitas coisas – sejamos realistas - mas na sua globalidade podemos olhar o mundo com mais optimismo e esperança, porque «tudo o que Deus fez, é tudo muito bom», tão bom que Ele próprio veio habitar connosco!

Olhemos para o Menino do Presépio!...

Demoradamente, sem pressas e com a simplicidade que dele nos vem! O Amor de Deus torna-se-nos presente naquele encanto de Menino. Não fala, para nos dizer, que está ali, porque nos ama! E, no entanto, sabemos pela fé, que a Redenção já começou! Tudo se passa por dentro, porque é dentro que as coisas são realmente…

A naturalidade do Natal!


Caminhamos a passos largos para o Natal. Um pouco por todo o lado, há sinais que nos ajudam a situar neste tempo de Advento, dando largas à imaginação, um pouco exagerada, se olharmos para o que vai acontecendo, com a crise a nível do trabalho e da economia que os “media”, nos apresentam. Todos os dias nos deparamos com debates discordantes acerca das políticas governamentais, das greves, o desemprego a aumentar e como consequência a pobreza e a corrupção aumentam também. Há um cenário de grande contraste em que parece que se impõe a insegurança e o desespero e, ao mesmo tempo se respira um ambiente de luz, alegria, esperança...

Se pensarmos bem no acontecimento que marcou a história, o Natal de Jesus, não encontramos nada de especial, a não ser a situação precária e de humildade em que decorre o nascimento de uma criança. Uma como tantas outras. Nada de extraordinário, poderia passar despercebido…

Mas sim havia algo de transcendente n’Aquele Menino. Os Anjos, tiveram o cuidado de darem indicações precisas aos pastores: «Eis o sinal para O identificardes: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura».

Porque é que o Senhor, não se quis distinguir, querendo nascer como qualquer outra criança? Quis nascer como qualquer um de nós: com a dignidade de um homem que tem direitos e deveres de um cidadão. Com toda a naturalidade. Oxalá compreendamos o alcance desta simplicidade e a autenticidade de um Deus que sem deixar de O ser, assume até ao extremo a nossa condição humana. A naturalidade do Natal!

A Ti, Senhora do Advento


«Hás-de conceber no teu seio
e dar à luz um filho,
ao qual porás o nome de Jesus.»


Virgem.
Sempre Virgem.
Sem pecado concebida.
A Ti, Jovem donzela de Nazaré,
Em quem vem habitar o Deus da Vida,
Chegam estes rogos, estes prantos…
São clamores e cantos,
São gritos de uma fé firme,
São hinos de uma voz trémula.
A Ti, Senhora do Advento,
Confio todos os meus tormentos,
O que sou e o que hei-de ser…
Em Ti, eu quero ver
O meu Redentor Vivo,
Feito homem,
Deus-Menino…
Ele, Princípio e Fim,
Fruto do amor de Deus

Que incarna com teu SIM!


Meditação II










Novo dia, este!

Tudo brilha, com o sol

Neste encontro, em relação!

A entrega à oração!...

Renova em mim cada instante,

Inunda-me o coração,

Transforma-me o semblante,

Convida-me à conversão!

Fortalece em mim a comunhão!

E envia-me em Missão!...

Que eu seja Luz, Senhor!

Ao Teu jeito, brilhar…

Sombra do Teu Amor!

Cada manhã, acordar,

Aqui ou em qualquer lugar,

Contigo, Ser, Anunciar!...

Meditação


Acordei!

Era manhã!

No silêncio do meu quarto,

No silêncio do meu ser!

Escutei a Vida!

Deixei brilhar a Luz…

Olhei para a Cruz!

E falei, escutei, Jesus!...

Harmonizei!

Esqueci o trabalho!

Em surdina, rezei!

Num tempo, sem horário

Assim fiquei!...

A interioridade própria do tempo presente!



Está hoje um daqueles dias de chuva, que há muito não se via, bonito por sinal!... para quem pode estar em casa. Mas também necessário, nos campos…

O tempo que vivemos convida à interioridade...

Que bom estar em casa e saborear no recolhimento a presença amiga d’Aquele que é Senhor do tempo e fazer deste momento, acolhimento e oferta. Relação!

A chuva, ao penetrar na terra, fecunda-a, trabalha silenciosamente no interior, como oferta gratuita que se comunica à vida, nela escondida. Para que a vida desponte é necessária a chuva. O tempo de espera é preenchido pelo silêncio e contemplação… depois surge a vida!

Transpondo esta imagem da chuva, para o Advento que estamos a viver, imagino este tempo de espera carregado de sentido… um sentido que nos envolve, com as nossas criatividades, numa chuva imensa de ternura e de esperança, vividas na intimidade e contemplação da Vida que surge no meio de nós, vem habitar a nossa terra. Jesus!

Feliz de Ti, Maria



«Feliz és Tu,…» Feliz de ti…
É bela a tua missão…
O mundo precisa “ver” Jesus,
No presépio do teu coração!...

“A Luz que vem de dentro”


«Todos somos radicalmente insatisfeitos,
pois todos somos estimulados e treinados
a viver voltados para o futuro,
planeando o futuro, ou então para o passado,
lamentando-o ou analisando-o repetidamente.
A nossa insatisfação nos faz perder a única oportunidade
que temos de contentamento, de plenitude de vida.
A única oportunidade que temos é o momento presente.
Se o deixamos escapar, perdemos tudo.
Viver no passado ou no futuro só implica descontentamento,
pois a preocupação excessiva com o que nos falta
e com o que desejamos impede-nos de enxergar
o que nos é dado.(...)
O estado de descontentamento é determinado
não pelo espírito de amor, mas pelo egoísmo.
O único caminho para a paz é o reconhecimento
e a aceitação daquilo que nos é dado.
Geralmente, a maior dádiva que recebemos nos escapa à atenção.
Geralmente não conseguimos vê-la.
Não se trata de saúde, riqueza, beleza ou talento.
A maior dádiva é o nosso ser, simplesmente o facto de sermos."
(Laurence Freeman)