Ser Feliz: uma opção…



(…) Gostaria que se lembrasse sempre de que ser feliz não é ter o céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar a força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

(…) Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da sua própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter a coragem de ouvir um «não». É ter a segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, ter prazer com os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para dizer «eu errei». É ter ousadia para dizer «perdoa-me». É ter sensibilidade para expressar «eu preciso de ti». É ter capacidade de dizer «eu amo-te»

(…) Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Augusto Cury - “Dez leis para ser feliz”

Hoje e de novo!


Hoje e de novo, Senhor
Neste caminhar da vida
Envolvida pelo Teu Amor
Em Ti me sinto acolhida!… 

Tu, és o meu Deus e Senhor!
Não olhas a miséria que sou…
Para Ti, tenho valor…
Reconhecida, estou!... 

Hoje e de novo, conta comigo!
Por entre luzes e sombras, caminho…
Me conduzes e salvas do perigo…
Me amparas, com carinho! 

Com coragem e perseverança…
E sempre de fronte erguida,
Te busco, com esperança!
Porto seguro, minha guarida! 

Toma minhas mãos vazias…
Abertas, para tudo receber!
Teu dom, me envolve e extasia!…
Plenitude de graças para acolher!

Hoje e de novo
Imploro teu Amor
Acolhe o teu povo!
Sê nosso Redentor!

Quando se ama...


«Quando se ama, deseja-se bem ao ser amado.»

B. Isabel da Trindade

Quem não desejará
Tornar-se pequeno,
como a criança?
Viver nas mãos de Deus…
d’Ele tudo receber,
como preciosa dádiva?
Aprender a repartir
com grandeza de alma
tudo o que recebe…
O amor que tem
no seu coração?

Oração para pedir a Chuva


Foi em 1976 que o Papa Paulo VI compôs esta oração, ano em que a Europa estava a sofrer um prolongado período de seca. Como então, creio que precisamos de novo, rezar:

Deus, nosso Pai, Senhor do Céu e da Terra (Mt 11, 21)
Vós sois para nós existência, energia e vida (Act 17, 2).
Criastes o homem à Vossa imagem (Gn 1, 27-28)
a fim de que com o seu trabalho ele faça frutificar
as riquezas da terra colaborando assim na Vossa criação.
Temos consciência da nossa miséria e fraqueza:
nada podemos fazer sem Vós (Jo 15, 5).
Tu, Pai bondoso, que sobre todos fazes brilhar o sol (Mt 5, 45)
e fazes cair a chuva,
tem compaixão de todos os que sofrem duramente
pela seca que nos ameaça nestes dias.
Escuta com bondade as orações que Vos são dirigidas
com confiança pela Vossa Igreja (Lc 4, 25),
como satisfizestes com as súplicas do profeta Elias (1Rs 17, 1)
que intercedia em favor do Vosso povo (Tg 5, 17-18).
Fazei cair do céu sobre a terra árida
a chuva desejada
a fim de que renasçam os frutos (Tg 5, 18)
e sejam salvos homens e animais (Sl 35, 7).
Que a chuva seja para nós o sinal
da Vossa graça e da Vossa bênção:
assim, reconfortados pela Vossa misericórdia (Is 55, 10-11),
dar-Vos-emos graças por todos os dons da terra e do céu,
com os quais o Vosso Espírito satisfaz a nossa sede (Jo 7, 37-38).
Por Jesus Cristo, Vosso Filho, que nos revelou o Vosso amor,
fonte de água viva, que brota para a vida eterna (Jo 4, 14).
Ámen.

(Oração do Papa Paulo VI)


Luz terna, suave...



Luz terna, suave, no meio da noite,
Leva-me mais longe.
Não tenho aqui morada permanente:
Leva-me mais longe.
Que importa se é tão longe para mim
A praia onde tenho de chegar
Se sobre mim levar constantemente
Poisada a clara luz do Teu olhar
Nem sempre Te pedi como hoje peço
Para seres a Luz que me ilumina
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da Tua luz divina.

Esquece os meus passos mal andados
Meu desamor perdoa e meu pecado
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado
Se Tu me dás a mão, não terei medo
Meus passos serão firmes no andar
Luz terna, suave, leva-me mais longe:
Basta-me um passo para a Ti chegar.

Hino de Liturgia das Horas (Completas)


O mundo é melhor do que o pintamos!


Todos os dias há um novo começo!
É o dinamismo da vida que nos faz desinstalar e encarar tudo de novo. Nunca se está na mesma... apesar de nos apercebermos do grande pessimismo que paira à nossa volta.
Vamos ouvindo por toda a parte: "Está tudo perdido"; "Já não há remédio"; "Isto não tem solução"...
e por aí adiante.
Hoje dei comigo a pensar nestas expressões e outras semelhantes; e, ao mesmo tempo a dizer para mim mesma, não é bem assim!... Não podemos embarcar nestas ondas, vazias de esperança!
Hoje é outro dia. Vamos lá olhar, com os olhos de hoje, ler, acreditar que é possível, agarrar esta oportunidade e com determinação, avançar!
De novo, de novo, sempre de novo. Nada de baixar os braços... A vida é mesmo assim!
Uma vida, nada mais. Vida que é limitada, mas ao mesmo tempo, se estende e transcende,
capaz de voar nas asas da esperança.
Vale a pena perceber os desafios: uma vida capaz de ver algo mais, onde parece, nada existir; capaz de ir em busca da fonte e beber, gratuitamente; uma vida que se dispõe a escavar na terra árida; se dispõe a buscar para encontrar; e, se deslumbra com trigo no campo, com a flor branca à beira do caminho, com o nascer do sol ou com a lua e as estrelas...
Vale a pena depositar no campo fértil do nosso coração, sementes de esperança e, acreditar na força do amor que as faz germinar e dar fruto, muito fruto!...
Vale a pena ter esperança. O mundo é melhor do que o pintamos!

Tempo da Quaresma


Olhai, Senhor, a noite que nos cobre,
A fúria do pecado sobre a terra;
Olhai a injustiça, olhai a guerra,
Olhai para o cativo e para o pobre.
 
Olhai a humanidade dividida,
Olhai os transviados, os sem norte,
A força da mentira, o erro, a morte
E sobretudo o amor faltando à vida.
Rebanho sem pastor nos montes bravos,
Que seremos sem Vós neste deserto?
Sem Vós, ó Cristo, neste mundo incerto,
Não somos homens livres mas escravos.
Salvai, Senhor, o vosso povo aflito,
Que nos seus próprios erros vive errante;
Da morte libertai-nos, triunfante,
Como Israel salvastes do Egipto!
Da morte e do pecado
Libertai-nos, Senhor.
Contritos, esperamos
Vossa Páscoa de Amor.
Hino da Liturgia das Horas