"Oxalá, Senhor, ouças a minha voz.
Aqui estou.
Sem grandes palavras para dizer.
Sem grandes obras para oferecer.
Sem grandes gestos para fazer.
Sozinha aqui. Sozinha. Contigo.
Receberei aquilo que me queiras dar:
luz ou sombra. Sorte ou adversidade.
Alegria ou tristeza. Calma ou dificuldade.
E receberei serena,
com um coração sossegado,
porque sei que Tu, meu Deus,
também és um Deus pobre...
Um Deus que não exige, mas que convida.
Que não força, mas que espera.
Que não obriga, mas que ama.
E eu mesma, farei no meu mundo,
com os meus amigos, com a minha vida:
aceitar o que vier como um presente.
Eliminar do meu dicionário a exigência.
Perguntar aos outros: “O que precisas?”
“Que posso fazer por ti?”
E dizer poucas vezes “quero” ou “dá-me”.
E assim avanço, Deus: Aqui e agora,
sem mais nada, sozinha.
Em silêncio. Contigo, meu Deus.
[Autor desconhecido]
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