- Mestre, como faço para não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes,
algumas são indiferentes.
Sinto ódio das que são mentirosas.
Sofro com as que caluniam.
- Pois viva como as flores, advertiu o mestre!
- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores, continuou o mestre,
apontando lírios que cresciam no jardim.
Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas.
Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável,
mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
É justo angustiar-se com as próprias culpas,
mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles são deles e não seus...
Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
Isso é viver como as flores.
(autor desconhecido)
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