Feliz!



Feliz!

Feliz aquele que cedo se levanta para procurar a Sabedoria
Encontra-a sentada à sua porta

Feliz aquele que se consagra ao inútil e ao gratuito
Entra na liberdade na casa de Deus

Feliz aquele que perde o tempo de simplesmente existir
Encontra o Autor do sétimo dia


Feliz aquele que mergulha nas raízes do seu ser
Sente a Fonte a brotar em si

Feliz aquele que se reconhece mendigo de Absoluto
Dá o nome à fome do seu grito

Feliz aquele que descobre o seu rosto interior
Tropeça na alegria

Feliz aquele que até esquece os seus pecados
Conhece o repouso do Amor

Feliz aquele que olha o outro como Deus o vê
Torna-se aquilo que contempla

Jacques Gauthier

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