(…) Gostaria que se lembrasse sempre de que ser
feliz não é ter o céu sem tempestades, caminhos sem acidentes,
trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar a
força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos
desencontros.
(…) Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e tornar-se autor da sua própria história. É atravessar desertos fora
de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É
agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo
dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter a coragem de ouvir
um «não». É ter a segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É
beijar os filhos, ter prazer com os pais e ter momentos poéticos com os amigos,
mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver
a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter
maturidade para dizer «eu errei». É ter ousadia para dizer «perdoa-me». É ter
sensibilidade para expressar «eu preciso de ti». É ter capacidade de dizer «eu
amo-te»
(…) Ser feliz não é ter uma vida
perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para
refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para
lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Augusto
Cury - “Dez leis para ser feliz”