Porque foram audazes quanto baste a ponto de se predisporem à caminhada;
Porque não se bastaram a si mesmos;
Porque arriscaram seguir um «sinal» do Céu;
Porque não temeram obstáculos, dificuldades e até o poderem perder-se;
Porque não hesitaram fazer perguntas;
Porque não se detiveram diante da falácia e da mesquinhez dos demais;
Porque perceberam que o caminho da vida se faz caminhando;
Porque decidiram acreditar mais no olhar para o «alto» que para o próprio «umbigo»;
Porque se deixaram comover pela simplicidade e pelo despojamento;
Porque se prepararam interiormente para o Encontro;
Porque ofertaram aquilo que eram e aquilo que tinham;
Porque entraram destemidamente naquela Gruta;
Porque souberam ver com os olhos da alma e do coração mais que com os do corpo;
Porque abraçaram a grandeza de se saberem prostrar e ajoelhar;
Porque perderam receios e vergonhas de deixar velhos ídolos;
Porque ousaram a «aventura divina» da fé;
Porque «mergulharam» na mais bela das atitudes humanas: a contemplação de Deus;
Porque reconheceram naquele Menino o Senhor e o Deus das suas vidas;
Porque, simplesmente, acreditaram na «cena» mais pobre mas também a mais profunda de toda a história humana: o Presépio;
Porque reconheceram naquela Criança a plenitude da existência;
Porque Lhe entregaram ouro, incenso e mirra, como a um verdadeiro Deus e Rei;
Porque nos ensinam o verdadeiro sentido da nossa própria existência;
Hoje, agora, também nós, como os Magos do Oriente, ousemos iniciar este novo Ano “por outro caminho”!
Na verdade, quem encontra Deus, não permanece na mesma, não fica igual ao que era… arrisca avançar na vida sempre “por outro caminho”…
(Desconheço autoria)