Depois de mais uma caminhada
Numa resposta fantasiada
Dei um mergulho por ti
E sabes o que nele vi?
Tenho de te contar
Também o que senti:
Mergulhei do meu jeito
Contigo em meu peito.
E para minha surpresa
Cheguei ao fundo do mar
Onde só os peixes sabem nadar…
Foi lá que vi um sozinho,
Pequeno e indefeso,
Andava perdido com certeza,
Devagarinho para não o assustar,
Tentei-me aproximar…
Dei-lhe a entender
Que em mim podia confiar
Mas o peixinho que estava sozinho
Mantinha-se à distância
Sem saber bem o que fazer
E sem se poder esconder,
Em qualquer circunstância…
Estava entregue a muitos perigos
Como todos nós afinal…
O mundo dos peixes, o mar!
E o mundo dos humanos.
E o mundo dos humanos.
Estes, têm a ousadia,
Mostrando que sabem nadar,
É apenas orgulho e vaidade,
Porque na verdade
Quem sabe nadar sem vaidade
São os peixes, senhores do mar!
Fiz menção de me ausentar,
É que preciso de respirar…
O peixinho, não percebia
E até me parecia
Que gostou da companhia
Veio na minha direção
Sinal de alguma empatia…
Desculpa, meu pequenino
Eu tinha de voltar lá acima
Senão morria por asfixia.
Sou assim, nós humanos
Não podemos viver sem ar,
Só no ar podemos respirar;
É o contrário de ti,
Terás sempre que viver aqui.
Sabes, peixinho amigo,
Depois de estar contigo
E na tua companhia,
Começo a ver a tua simpatia!
Posso contar-te um segredo?
Este meu mergulho tem uma história:
Um amigo especial,
Disse-me para dar por ele
Um bom mergulho, neste mar…
Ele está longe e não sabe nadar…
Como eu não sei também,
Apenas sei mergulhar…
E quando se gosta muito de alguém
Faz-se tudo para comunicar,
Para se estar juntos e amar!
Sei que esta linguagem,
Não te é familiar…
Não faz mal.
Deixa só que te diga,
Antes de me ausentar:
É que tenho de ir à superfície
Para de novo respirar…
És uma simpatia de peixinho
Gostei muito de contigo falar.
Obrigado amiguinho por este dia.
Neste mar de sonho e fantasia
É uma maravilha, podemos mergulhar,
Mergulhos a brincar e de alegria
Que ajudam a escrever poesia!